09 May 2019 08:35
Tags
<h1>Discurso A respeito do Recurso</h1>
<p>Na faculdade de Medicina, Monique França não foi reconhecida como estudante do curso em mais de uma ocasião, inclusive até quando participava de atendimento. Teve de encarar, já como médica, com uma paciente que se recusou a ser atendida por ela. Aos vinte e oito anos, Monique coleciona uma relação de obstáculos que teve de passar até conquistar vir ao diploma -o que faz com que ela relate os 2 episódios com uma certa serenidade. Nascida em Niterói e desenvolvida na Cidade de Deus, zona oeste do Rio, Monique se formou em medicina na Uerj (Instituição do Estado do Rio de Janeiro) no ano anterior.</p>
<p>Apesar de simbolizar mais da metade da população brasileira, calcula-se que em torno de 20% dos médicos são pretos ou pardos. As desigualdades bem como estão pela escola. Ser preto no Brasil se intensifica a possibilidade de fracasso escolar entre sete e 19 pontos percentuais mesmo considerando alunos com pais que têm o mesmo perfil de escolaridade, o ensino fundamental completo. Nesse estudo de 2012, da pesquisadora Paula Louzano, o fracasso escolar foi medido pela repetência e evasão de alunos do 5º ano.</p>
<p>A mãe de Monique França é cabeleira, negra, foi empregada doméstica por quase toda a existência e entendeu a ler aos 25 anos. Ao lado do pai, motorista, sempre colocou o valor da educação acima dos problemas, diz a filha. Na 8ª série, por iniciativa da mãe, Monique conseguiu uma bolsa numa escola característico.</p>
<p>Mesmo ficando em uma turma entre os 30 melhores da instituição, não conseguiu atravessar de primeira e partiu pro cursinho. Foi a secretária do cursinho que alegou para ela a respeito de cotas. Levava duas horas no ônibus entre a faculdade e a moradia. Pela primeira prova, tirou 3,8. Teve dificuldade de apreender o jeito de avaliação. RICARDO SEMLER: Truque Sujo No Enem ,oito veio neste instante no segundo teste. Hoje Monique faz residência em Medicina de Família e Comunidade em uma clínica municipal do Rio, após ter feito um curso em Cuba.</p>
<p>Com a melhoria na renda, mudou-se para um ambiente próximo ao serviço e está reformando a moradia da família. Foi assim como na Uerj (que passa por complicado crise financeira na atualidade) que Irapuã Santana, 30, ingressou no ensino superior. Havia estudado também com bolsa em instituição especial. A universidade foi, como no caso de Monique, uma novidade na família: o pai, maquinista, fez até o ensino médio. A mãe, do lar, só pôde preparar-se até a 4ª série.</p>
<ul>
<li>A Graça e o Entusiasmo da Computação</li>
<li>ANEXO A</li>
<li>84 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Processo Excel - Sugestões Sobre isto Excel Você Acha Aqui! , p.1086</li>
<li>Continue a toda a hora em notável funcionamento os meios de comunicação, tais como</li>

</ul>
<p>4h30 para adquirir realizar a tempo a rota de Maricá, município da localidade metropolitana do Rio, onde morava, até o campus, no Maracanã, pela zona norte da capital. Aplicativos Movimentam US$ 25 Bilhões No Brasil O Dia de formado, Santana foi o primeiro advogado negro de um extenso escritório no Rio, engatou um mestrado, passou em concurso para procurador, escreveu seu primeiro livro e fez um curso na universidade Yale (Estados unidos). Hoje é professor universitário, está pra concluir o doutorado e atua como assessor do ministro Luiz Fux, no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília.</p>
<p>As condições de vida melhoraram, e Santana domina o lado afirmativo de cuidar de inspiração. Mas os reflexos do racismo, diz ele, não seguiram a mesma tendência. O professor Luis Augusto Campos, do Gemaa (Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa), explica, comparando pessoas da mesma classe social, os pretos e pardos ainda têm maior dificuldades de ascensão social.</p>
<p>O grupo tem acompanhado o desempenho de cotistas e não cotistas nas notas das disciplinas dos cursos. Em avaliação recente pela Uerj, a diferença no desenvolvimento acadêmico dos 2 grupos não chega a 0,5 ponto. Campos, que ainda sente inexistência de uma avaliação institucional da política. Os dados do Enade analisados pela Folha que, em trinta e sete de sessenta e quatro cursos, as notas dos cotistas raciais tem uma média inferior a 5% do que a dos não cotistas.</p>
<p>Nos outros 27, as médias dos cotistas raciais são similares (até 5% menor) ou superior. O Enade permite reconhecer uma realidade ampla, todavia tem limitações. Não há garantia de empenho dos estudantes na prova, uma vez que a nota não conta pro estudante -a reportagem excluiu detalhes de quem deixou a prova em branco. Outra dúvida é de amostra.</p>